Suikoden 1 e 2 - Ultra Review



É difícil analisar um jogo de RPG para PSOne sem compará-lo com Final Fantasy, no entanto, com um gameplay totalmente diferente do sucesso da Squaresoft e com um enredo totalmente baseado nas lendas orientais da China, Suikoden consegue fazer o diferente e emergir nesse oceano de títulos apagados pelo sucesso de Final Fantasy.

    Suikoden é um jogo de RPG baseado na literatura chinesa. Aqui você vive um jovem rapaz, filho de um dos cinco mais importantes generais do Scarlet Moon Empire, que começa a trabalhar para o Império. Enquanto você realiza as suas missões você acaba conhecendo uma bela mulher chamada Odessa. Ela é a líder de um grupo que luta contra o Império: A Armada da Libertação. Enquanto vocês fogem dos guardas imperiais, Odessa fica muito ferida e acaba morrendo. O último pedido de Odessa é que ela encontre o seu irmão e entregue a ele uma carta. A partir daí você é convidado a ser o novo líder da Armada da Libertação e agora deve sair pelo mundo recrutando pessoas para entrarem em seu mais novo exército (ao todo são 108 personagens, chamados de Estrelas do Destino) para enfim confrontar com o exército do Imperador Barbarossa e seus cinco generais (incluindo o seu pai).
         A idéia de se ter 108 Estrelas do Destino pode aludir muita gente, pois nem todos são personagens jogáveis (apenas 70 deles, o que ainda é muita coisa para um RPG). Certamente, em determinado ponto do jogo, você vai ficar em dúvida sobre qual personagem escolher para lhe acompanhar nas aventuras.
        Suikoden apresenta personagens carismáticos e um enredo premiado. Apesar do jogo ser relativamente pequeno (25 horas) você não se cansará jogando, pois a Konami se preocupou em fazer um jogo "versátil", colocando mini-games, Side Quests e vários caminhos opcionais para fazer com que o jogador volte a jogá-lo mais uma vez após terminar, tentando entender pra que diabos serve aquele vaso e como se faz para conseguir determinado personagem. O sistema de jogo em si (mesmo sendo bem simples) é uma das armas desse incrível game.

Sistema de jogo:
        A jogabilidade de Suikoden é relativamente boa, assim como da maioria dos RPGs de hoje em dia. O que fascina mais no jogo em relação aos controles é o sistema de batalhas: simples, rápido e fácil. Pra começo de história, Suikoden possui um sistema de ordem que lembra a opção "change" de Final Fantasy VII e IX. Alguns personagens só conseguem atacar no posição de frente, outros conseguem atacar a qualquer inimigo (os inimigos também possuem uma ordem de agrupamento). Isso porque cada arma possui um raio de ataque, sendo divididos em S, M e L (Short, Medium e Long). Uma arma classificada como Short só pode atacar na fileira da frente, uma arma classificada como Medium pode atacar na fileira da frente e na de trás (só que nesta última o dano é reduzido) e as classificadas como Long atacam com a mesma força de todas as fileiras. São seis personagens nas batalhas (o dobro do que a maioria dos outros RPGs aceitam), e é aí que faz do sistema de batalhas algo especial. Embora tendo seis inimigos na batalha essa torna-se muito rápida e gostosa de se repetir (você chegará a ver dois personagens atacando ao mesmo tempo, podendo até combinar certas magias).
        Além disso a Konami preparou um sistema de afinidades que, dependendo do parentêsco ou da amizade entre certos personagens do grupo, permite realizar ataques em grupo, resultando numa skill poderosa e bastante eficaz. As magias são adquiridas quando se equipa em um personagem determinadas Runes. São 27 Runes ao todo e cada uma permite usar magias elementais para destruir o inimigo. Elas também possuem um sistema de afinidades. Quando duas pessoas usam magias de de nível 4 de elementos com uma boa afinidade elas se juntam e criam uma magia devastadora. O jogo é repleto de estratégia!

Diversão:

Além disso ainda tem outros dois tipos de batalhas: a batalha de exércitos, onde você deve lutar contra as forças do Império de Barbarossa, e os duelos, lutas 1 contra 1. As batalhas de exércitos são bem fáceis e contam com três tipos de ataques: Ataque corpo a corpo, ataque a longa distância com flechas e a utilização de magias. Alguns personagens possuem habilidades especiais, como, por exemplo, investigar qual será o próximo passo do inimigo e poder fazer a sua estratégia de ataque.
        As batalhas um contra um seguem o mesmo estilo, só que ao invés de homens (soldados) você tem uma barra de HP e três comandos: Ataque, defesa e um ataque desesperado. Antes de cada ataque o inimigo fala alguma coisa a você. É por aí que você sabe qual será o próximo ataque dele e você poderá montar a sua estratégia da seguinte forma: o ataque ganha da defesa, a defesa ganha do ataque desesperado e o ataque desesperado ganha do ataque. A partir daí você poderá montar a sua estratégia.

 Som:

 Em Suikoden a trilha sonora é um show a parte. As músicas do game aparecem na hora certa e dão um realce maior ao enredo, algo que já é incrível por si só. A Konami, que já é respeitada por conseguir incríveis níveis de qualidade em som, mais uma vez mostra o quanto foi detalhista com a música neste seu RPG. Para se ter uma idéia da qualidade da Konami é só jogar Castlevania. Em Suikoden você verá o cantar dos pássaros ou um assustador solo de órgão num castelo assombrado.
        A Konami fez uma história bem densa e a realçou com a sua trilha sonora incrível. É claro que ainda está muito longe da perfeição, mesmo porque esse é o primeiro RPG da Konami, mas mesmo assim é perceptível a qualidade musical desta que é uma das maiores softhouses de todo o mundo.

Graficos:
 Os gráficos de Suikoden seguem o mesmo estilo de Lunar, ou seja, 2D, revelando mais ainda a simplicidade desse incrível game. Os jogadores mais nostálgicos vão se identificar bastante com o jogo. Mesmo não sendo algo que atrapalhe muito os gráficos poderiam ser um pouco melhores. A movimentação dos personagens tem um desenho fraco e bem limitado.
         Para compensar os gráficos pouco acabados a Konami preferiu colocar uma fortaleza, que, na medida que se vai recrutando mais personagens, esta vai sofrendo reformas, ficando maior e mais bonita. Não há CGs em todo o jogo e nem animações de alta resolução. O negócio de Suikoden é simplicidade e criatividade.




 Suikoden 2


A história de suikoden 2 é uma das mais belas entre os jogos de RPG para o Psone!

Como na primeira versão, Suikoden II tem a sua história baseada na literatura chinesa. o primeiro jogo da série foi meio que imcompleto em relação ao seus personagens secundários (108 no total) a konami não perdeu tempo em lançar o proximo suikoden e lançar a "continuação" do enredo de suikoden, podendo jogar com personagens conhecidos e conhecendo mais suas histórias.

Suikoden II tem início 3 anos após a queda do Scarlet Moon Empire. O reino de Highland não tinha boas relações com a City-State of Jowston (ele ajudou a Libertation Army a vencer a guerra, lembra?). No momento foi estabelecido um contrato de paz entre os dois países, mas parece que o príncipe de Highland, Luca Blight, não quer muito isso. Você é um soldado da brigada do exército de Highland e em sua última noite no acampamento você e seu melhor amigo, Jowy, são atacados pelo exército do seu próprio príncipe.

Luca não quer o tratado de paz e, sob o pretexto de que a Youth Brigade foi atacada por um exército da City-State of Jowston ele retoma a guerra. Agora o seu objetivo é reunir novamente as 108 Estrelas do Destino (Star of Destiny) e marchar com o seu exército para a sua cidade-natal, acabando de vez com Luca Blinght. Mas no decorrer do jogo você vai percebendo que o verdadeiro inimigo está mais próximo do que se imagina.
        No meio de um enredo parcialmente conhecido são encontrados alguns contras bem chatos. Pra começo de história Suikoden II possui a pior tradução já feita em um jogo (pior até do que a de Final Fantasy Tactics). O erro que já era marcante na primeira versão do game ficou ainda pior nessa segunda. Algumas palavras fogem completamente à gramática da língua inglesa, ficando sem sentido algum no texto. Isso não chega a atrapalhar muito na compreensão dos diálogos, mas chega a ser irritante você ver erros banais em um game de uma empresa como a Konami. 

Sistema de jogo:

        Nesse aspecto a Konami conseguiu melhorar aquilo que já era excelente. As batalhas agora estão mais rápidas, mantendo a simplicidade característica da série. O sistema de fileiras ainda permanece, mantendo o alcance padrão de cada arma (S, M e L - Short, Medium e Long). O sistema de unites continua (sem inovações), assim como as Runes. Estas, juntamente com a forma de utilização de itens durante as batalhas foram as maiores mudanças no sistema de batalhas. Agora você poderá equipar até 3 Runes diferentes em seus personagens, aumentando assim a diversividade de ataques por personagem e possibilitando a formação de novas estratégias de ataques. Já os itens para serem usados nas batalhas devem ser equipados nos personagens. Isso permitiu a criação de uma mochila (bag), que poderá armazenar uma quantidade limitada de itens. 

         Nos mapas a jogabilidade também foi bem melhorada. Agora para correr não é mais necessário equipar uma Rune específica. Você só precisará apertar um botão para que o seu personagem parta em disparada. Com isso mais frame rates foram colocados para gerar mais movimentos e um melhor controle do personagem. O único ponto negativo é que ainda não é permitido andar em todas as direções, mas isso não chega a prejudicar no controle. 

Diversão:

        Os dois outros sistemas de batalha que fizeram de Suikoden um show a parte continuam na segunda versão do RPG da Konami. Os sistemas de duelos voltam exatamente da mesma forma, a única coisa que muda são os personagens. Já as batalhas de exércitos sofreram uma modificação maior. Para começo de história a idéia de separar os exércitos foi abandonada, sendo trocada por um semelhante ao de Final Fantasy Tactics, onde cada brigada será espalhada pelo mapa e terá um certo número de ataque e defesa. Além disso cada personagem terá uma habilidade especial, como montar em cavalos, atirar flechas, regenerar o HP, mover-se por lagos e etc.
        O jogo retorna com Sides Quests maiores e com mais destaque ao enredo. Nanami, a irmã do herói, será uma das personagens que mais interagem em todo o game. Alguns deles, como o de Futch e Humphrey, têm como maior objetivo tapar furos da história do game anterior. Outros, como o de Hix, aparece apenas para acrescentar uma pitada a mais de diversão.
        Mas, sem dúvida, o que traz de mais divertido na segunda versão de Suikoden é o castelo. Agora ele está mais parecido com uma cidade e irá tendo reformas bem visíveis enquanto você vai recrutando novas Estrelas do Destino. Ele agora será palco de muitos mini-games, como o jogo de dados de Tai Ho, o teatro onde se apresentam atores, uma biblioteca enorme e, o mais divertido de todos, o concurso culinário do seu mestre-cuca. Você vai querer dar voltas e mais voltas atrás de ver tudo que tem no seu castelo.

 
Som:

        Se um dos trunfos do primeiro game era a trilha sonora, em Suikoden II ela ficou melhor ainda. A Konami fez um excelente trabalho ao desenvolver toda a trilha sonora e efeitos de sons do game. Agora há muito mais músicas cantadas e uma variedade significativamente maior delas. Algumas músicas que fizeram sucesso no primeiro game retornaram remixadas e com arranjos bem melhores. Não é melhor que as músicas de Final Fantasy, mas nenhuma música decepciona. Mas nós não podemos comparar um game de uma empresa que já faz jogos de RPG a muitos anos com um o segundo game de RPG de outra.
Gráficos:
        Graficamente falando, Suikoden II é um jogo fraco, mas é incrívelmente perceptível um avanço enorme em relação a versão passada. Mais frame-rates e efeitos de luz foram adicionados em todo o game. Além disso, CGs foram adicionadas, mas como o negócio de Suikoden não é mesmo gráfico as CGs ficaram bem fraquinhas além de serem bem poucas. Suikoden mantém o design 2D (personagesns e cenários) A cena de apresentação é a maior mostra da evolução gráfica que a Konami fez. As magias são um show a parte. As Runes, como a de Jowy e do herói, fazem de Suikoden II um grande show de evolução gráfica. 



 Agradecimentos: Game Story
teste

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Retrogamer nas horas vagas. Mantém o Game Genius desde 2010 onde a internet ainda não tinha nem luz eletrica. Fã dos Power Rangers (até o PR no espaço). E é complicado o que é melhor, Final Fantasy VI ou Chrono Trigger. Google